quinta-feira, 25 de junho de 2015

A sinceridade dói

Eu nunca fui e nunca serei do grupinho dos populares da escola. Sabe aquela turma super descolada, que vive nas festas, tá sempre nas fotos e conhece todos os lugares legais? Pois é, eu nunca serei parte dela. Não por falta de capacidade ou competência (talvez um pouco por isso), mas por escolha. Essa mesma turma tende a ser também aquela que cola nas provas, estuda pouco ou deixa pra estudar tudo de última hora, discute com professores, enche a cara e faz tudo o que eu prefiro deixar de fazer.
Eu também não sou da turma dos nerds, mas fui um dia. Hoje, devido à complexidade dos assuntos estudados, me falta (agora sim) competência para pertencer a este grupo. Outro grupo a que pertencia era o dos tímidos. Mas eu mudei, tudo mudou.
Se ontem eu deixava as pessoas me controlarem e dizerem o que eu deveria ou não ver, pensar e fazer, hoje já não o faço. Isso os incomoda. A pessoa que não concorda, a pessoa que vai contra o "normal", cujo conceito não cabe no contexto para que não seja um post de um milhão de palavras, incomoda.
Todo mundo diz ser sincero e querer sinceridade. Mas falta coragem, e o medo se junta à falsidade, e pronto, foi formada a sociedade. As pessoas não conseguem ouvir ou aceitar a verdade, independente do assunto. A verdade faz mal, incomoda, machuca o ego e o orgulho das pessoas. A verdade, mesmo sendo verdade, não importa quando todos aceitam aquilo que mais agrada aos ouvidos e ao peito.
A sinceridade dói. A falta de maturidade dói, assim como o excesso dela. As coisas mais puras doem: o amor, a espera, a saudade, e a verdade.
Não sei quais outros adjetivos podem ser atribuídos à verdade, no entanto sei o quanto ela incomoda e entendo perfeitamente que, às vezes, é necessário engolir a verdade e arrotar a mentira, prevenindo desgastes emocionais desnecessários e promovendo a paz interna de cada um de nós.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Outro capítulo sobre frustrações

Frustrada, de novo.  A primeira vez que escrevi sobre isso, a ocasião e os motivos eram completamente diferentes. Hoje, tudo está em seu lugar, ou quase tudo, e mesmo assim nada parece estar completamente certo.
Sinto muita falta de escrever sobre meus anseios, medos, dúvidas e insegurança. Porém, recentemente levei uma bronca da vida dizendo que eu não devo reclamar e devo sempre sorrir. Pelo menos foi como eu a entendi. E, infelizmente, eu não consigo levar adiante esse plano maluco de fazer tudo certo, estar contente com o que a vida oferece e simplesmente sobreviver.
Não é que eu goste de reclamar da vida, mas eu sempre acabo fazendo isso. É inconsciente. Tudo porque eu não aceito as injustiças que ela traz e que as pessoas engolem... "É assim mesmo", eles dizem. Eu não aceito. Como pode ser assim mesmo? Uns ter tudo e outros, nada; uns serem felizes e outros, não?! Não dá, não desce.
Esse meu senso de justiça interior só me traz problemas e inimizades. Como parar algo que é intrínseco? Alguém me responde, por favor.
E como sempre, as pessoas são as culpadas da vida ser assim. Mais tecnicamente, os adultos. A negatividade, o ceticismo, o egoísmo, a falsidade, a falta de justiça impregnam o ar. Todos eles querem justiça, mas nenhum quer fazê-la, afinal, eles nem sabem o que significa isso. Dar ao menor o maior degrau para que veja ao mesmo nível do maior ainda é errado para eles. Pelo menos para a maioria. Eu, como sempre, estou na minoria.
Espero que uma noite, mal dormida, resolva esses meus problemas, porém estou quase certa de que nenhum deles será solucionado. Por enquanto, terei que engolir.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Uma pequena lista 2

Passar no vestibular: feito;

Morar em São Paulo: feito;

Morar em São Paulo com o namorado: sem previsão de realização;

Morar em Nova York: sem previsão de realização;

Morar na mesma cidade que o namorado: previsto para breve, porém sem data definida;

Terminar a faculdade: previsto para 2020;

Parar de reclamar da vida: previsto para agora, sem certeza de que será realizado;

Fazer carteira de motorista: sem data definida;

Comprar um carro: previsto para 2021;

Colocar silicone: suponha-se que esteja previsto para 2025;

Fazer cirurgia no olho e parar de usar óculos: previsto para quando houver dinheiro;

Morar sozinha: em andamento;

Deixar de ter 80 anos aos 19: probabilidade 0 de que aconteça, logo, sem previsão de realização;

Estudar: previsto para daqui até o infinito e além;

Casar: previsto para 2022 (?);

Ter filhos: previsto para 2028;

Ser feliz: em andamento.