domingo, 22 de novembro de 2015

I'm giving up on you

Eu espero que ela esteja fazendo valer a pena, já que eu não o estava mais. Eu espero que ela seja loira, baixinha e tenha coxas mais grossas que as minhas. Eu espero que ela saiba cozinhar sem queimar a comida e espero que ela seja mais bem humorada. Eu espero que ela seja santa na rua e puta na cama. Eu espero que ela seja tudo o que você sempre quis.
Eu espero que ela tenha olhos claros e não use óculos. Eu espero que ela vá na academia com você e saiba fazer todos os exercícios sozinha. Eu espero que ela tenha o mesmo estilo de vida que você. Eu espero que ela goste de batata doce e de pipoca.
Eu espero que ela sorria mais do que eu, espero que ela saiba entender uma brincadeira e saiba separar as coisas. Eu espero que ela não seja ciumenta, que ela saia sem você e você sem ela e ninguém se importe. Eu espero que ela esteja mais perto de você do que eu um dia já pude estar.
Eu espero que ela use um perfume que você goste mais do que o meu e eu espero que ela tenha uma coleção de lingeries que te deixam com tesão mais do que eu tinha. Eu espero que ela te compreenda mais do que eu compreendia, que ela te apoie mais e seja mais inteligente. Eu espero que ela esteja sempre com você.
Eu espero que ela tenha cabelo comprido, que seja liso e que você se perca nele mais do que se perdia nos meus. Eu espero que ela saiba te conquistar todos os dias, que ela saiba aonde você gosta de ser beijado e como gosta de ser abraçado. Eu espero que ela te envolva de um jeito que eu nunca consegui fazer você se envolver.
Eu espero que ela ame andar de moto e saiba dirigir. Eu espero que ela more sozinha e não precise dar explicações pra ninguém. Eu espero que ela tenha dinheiro pra vocês saírem sempre. Eu espero que ela goste de jogar contigo no computador e que ela entenda seus jogos, eu espero que ela seja boa neles. Eu espero que ela consiga te fazer companhia pra tomar uma cerveja sem ficar bêbada depois do primeiro copo.
Eu espero que ela goste mais de morango do que de chocolate e que ela ame sorvete. Eu espero que com ela valha a pena ir ao cinema, que com ela valha a pena passar sábado a noite em casa.
Espero que ela seja boa de cama e que faça você pensar que está no paraíso. Espero que ela seja bem mais gostosa do que eu, pra você. Espero que ela saiba todas as posições que você gosta e que as faça melhor do que qualquer outra já fez. Espero que ela saiba te seduzir e fazer você ter certeza que fez a melhor escolha.
Eu espero que ela não brigue nunca com você e que vocês sejam felizes. Eu espero que a vida seja mais colorida com ela. Eu espero que mil quilômetros sejam pouco se comparado ao que vocês sentem um pelo outro.
Eu espero que ela saiba todos os músculos, ossos e ligamentos de prontidão. Eu espero que ela também queira fazer cirurgia e que seja muito dedicada. Eu espero que ambos tenham muito sucesso.
Eu espero que ela confie em você de olhos fechados e que te espere com um sorriso e braços pra te envolver depois de cada plantão. Espero que nos braços dela você possa descansar.
Espero que com ela você faça o impossível para casar logo e que os filhos de vocês sejam lindos e que ela deixe você colocar o nome de uma de Isabela. Espero que com ela valha a pena lutar.
Espero que ela saiba sua cor favorita, suas músicas favoritas e suas comidas favoritas. Espero que ela saiba tudo sobre você. Que ela saiba o quanto você ama café e que ela saiba fazer o melhor de todos pra você.
Espero que com ela dê certo. Que ela saiba cultivar o amor e que ela saiba cuidar de você.
E acima de tudo, eu espero esquecer você e espero que você me esqueça também. Eu espero que você não compare o meu beijo ao dela porque eu espero que o dela seja melhor. Eu espero que você não compare o meu olhar ao dela porque eu espero que o dela seja mil vezes mais intenso. Eu espero que você não compare o meu corpo ao dela, porque eu sinceramente espero que o dela seja mil vezes mais bonito. Eu espero que você nunca pense em mim quando estiver transando com ela, porque eu espero que o sexo de vocês seja único e inesquecível.
E eu espero me recuperar. E espero mais: espero encontrar alguém que substitua você. Porque eu sempre gostei de loiro, de olhos claros, de pele transparente, de sorrisos sinceros, de mãos grandes, de corações maiores ainda... Eu sempre gostei do sabor do seu beijo e do jeito que você segurava a minha cintura. E eu vou continuar comparando todos a você até ter a sorte de encontrar alguém como a mulher que você encontrou: que seja melhor do que você em tudo e que por ele valha a pena.
Eu espero substituir seu rosto por o de outro alguém nos meus planos. Que eu substitua a sua companhia na minha formatura, na minha cama, no meu casamento e em todo o resto da minha vida por outro alguém. E eu espero que ele não ligue que eu não saiba todos os músculos, aponeuroses, tendões e ossos de cor. E eu espero que ele goste dos meus óculos e que ele tenha a delicadeza de tirá-los só pra dizer que a cor castanha dos meus olhos é mais intensa do que muito azul e verde por aí. E eu espero que o marrom com uma única mecha dourada do meu cabelo seja o suficiente pra ele se perder e se encontrar ao me abraçar.
Eu espero que pra alguém eu seja suficiente, boa o suficiente, companheira o suficiente. Eu espero que eu encontre alguém que goste do meu ciúmes e que se sinta especial por eu senti-lo. Eu espero que eu encontre quem vai estar comigo nos campeonatos esportivos porque quer que eu esteja lá com ele. E eu espero que ele esteja acordado quando eu voltar dos plantões só pra me envolver nos seus braços e que estes sejam mais confortáveis do que os seus um dia foram.
Eu espero que ele me faça esquecer que um dia você existiu. E eu espero que, ao passar por você na rua, no hospital ou num congresso, você me reconheça pelos mesmos cabelos castanhos e óculos fundo de garrafa, pelo andar cuidadoso pra não cair e pelo jaleco com meu nome bordado depois de "Dra."; e eu espero que eu não reconheça mais você, porque preferirei outros olhos verdes, outros sorrisos e outro coração.

domingo, 15 de novembro de 2015

Necrose amorosa

"Em minhas mãos agora tá cada parte dessa nossa história e eu não sei se eu rasgo ou jogo fora... E o que é que eu faço agora?"

E porque, mesmo depois de tudo, eu continuo sentindo sua falta? Apesar das mágoas, eu continuo topando contigo nas fotos e continuo chorando. E a cada foto você abre uma nova ferida no meu coração com o bisturi dado pela vida à ti, frase esta com muita ironia visto que sua intenção sempre foi ser cirurgião cardíaco.
Comecei a perceber que a vida cruzou nossos caminhos de um jeito irritante... Nossas futuras profissões nos fizeram amantes e, agora, colegas, e por mais que eu queira esquecer ou jogar fora as nossas lembranças, você está sempre ali para retomá-las. Elas estão todas estampadas na sua cara lavada de quem é feliz sem mim.
Quão errada eu fui em montar minha vida, minhas experiências, sobre alguém que facilmente desistiu de mim? De nada posso lembrar agora, pois você está ali. Fico, em vão, tentando construir novas histórias para esquecer aquelas do início. Quero tanto escrever nas folhas da minha vida que de repente ficaram em branco que tudo acaba sendo rabiscos.
Eu já estou ficando cansada de fingir pra mim e pra todos que estou bem e depois perceber que não estou, e ficar subindo a montanha pra depois escorregar até o ponto inicial e ter que começar tudo de novo. Eu tô cansada das tentativas em vão de te esquecer e também das tentativas de trazê-lo pra perto de mim. Ambas dão errado, extremamente errado.
O ano está no fim, nosso relacionamento chegou ao fim, e a minha vida está apenas começando. Tudo tão irônico, indiferente, triste. Tudo cinza.
Perdê-lo foi azul como se eu nunca tivesse conhecido, sentir a sua falta foi cinza escuro, totalmente solitário... Esquecê-lo foi como tentar saber sobre alguém que você nunca conheceu. Mas te amar, foi vermelho.
Ouvir a sua voz é tão incomum agora, algo que eu nem poderia imaginar como era. Desvinculá-lo de cada livro que pego na biblioteca é quase impossível... Como esquecer alguém que te ensinou tantos locais anatômicos, tantas moléculas de bioquímica, tantos processos fisiológicos? Como separar você, eu e a medicina?
Ou some ou soma deveria ser o lema da minha vida agora, no entanto você sabe bem que eu não sou 8 ou 80, não sou morna... Daí fico nessa oscilação maldita que faz meu cérebro trocar a imunologia por você, pelos seus olhos, pelo sabor do seu beijo... Quero ser imune a você. Porque não existe um processo inflamatório quando temos o coração partido? Porque os neutrófilos, monócitos e mastócitos não podem fagocitar lembranças e resquícios de sentimentos não correspondidos?
Nem sempre o corpo é perfeito. Pra coração partido não existe resposta primária e secundária, só existe a dor. O rubor é no começo, quando a correspondência existe e a intimidade é pouca. O turgor e o calor são durante a bonança de um relacionamento feliz, existem durante os beijos apaixonados e o aconchego do abraço. E a dor é agora. Citocina infeliz é essa tal de "amor". Decidiria agora não mais me apaixonar se eu mandasse nisso tudo, mas são todos processos involuntários.

sábado, 10 de outubro de 2015

Transição



Agora, todas as músicas que escutávamos ultimamente fazem todo o sentido. Aquela que você estava gostando tanto da última vez que nos vimos eu dedico à você. Não sei se vai se arrepender, mas a certeza é que eu não vou mais querer você.
Eu não sou mais vítima, eu estou sendo ativa na minha história. Eu escolho quem fica e quem vai, e eu estou deixando você ir. O seu nome não foi riscado, mas a tinta está sumindo. Todos os dias penso se valeu a pena - você disse que não valia mais - e talvez não tivesse valendo mesmo. Sou melhor sem você. Estou melhor sem você.
As borboletas estão de volta ao meu jardim e há muito não me causavam um sorriso tão sincero. Quando eu parei de olhar para o céu e agradecer? Quando eu parei de ver quão honrada sou? Graças a você, olhava apenas para as nuvens e não via que a chuva trazia arco-íris e flores.
Abrir mão das coisas é tão difícil... Mas quem consegue, sempre acaba mais feliz. Eu estou abrindo mão de ti, do meu sofrimento, este causado por você.
Queria te lembrar que foi você a soltar primeiro a minha mão. Eu solto agora a sua. E não adianta você tentar agora me impedir de partir. Dói sim, parece ser impossível, pode ser que mais tarde eu me arrependa - como você disse olhando nos meus olhos naquele sábado - porém eu faço questão de partir como você partiu. Faço questão de tirar você do meu coração.
Eu quero alguém que tenha consciência dos seus atos, que tenha a delicadeza de ser sincero e ao mesmo tempo não jogar tudo no chão. Eu quero alguém que me entenda - pois você já não o fazia mais -, e que possa olhar no fundo dos meus olhos e se reconheça ao meu lado.
No mais, eu ainda te amo, mas o amor não vale mais a pena. Minha felicidade não está mais em estar ao seu lado. A minha felicidade está na vida que levo, nos amigos que tenho, nos amores que encontro.
Sinto lhe informar, mas a culpa é sua, sempre foi. Eu não quero mais ouvir sua voz, não quero mais ler suas mensagens. Eu prefiro acreditar que você foi só um sonho bom que, perto da hora de acordar, virou um pesadelo e depois desapareceu. Eu não sou fantoche de ninguém, muito menos seu, e não será você quem vai brincar com os meus sentimentos.

" 'Cause I'm not your princess, t
his ain't a fairytale. I'm gonna find someone someday who might actually treat me well. This is a big world, that was a small town, there in my rearview mirror disappearing now. And it's too late for you and your white horse to catch me now."

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Jogando fora o que me impede de seguir em frente

Eu não paro de pensar em ti, mas agora é diferente. Não tenho mais a esperança que me movia antes, não alimento pensamentos de que isso tudo é só um pesadelo; eu aceitei que você foi embora por livre e espontânea vontade. Aceitei a ferida que está em meu peito e hoje, ao invés de atrapalhar o processo de cicatrização, deixo o tempo passar e o vento soprar. Respirar não dói mais como antes.
Gostaria de declarar aos quatro cantos do mundo que o esqueci, porém não passaria de uma bela mentira. Ainda sinto sua falta, mas cansei de voar atrás de um gavião que pode muito bem me magoar mais do que me acolher. Sou apenas uma andorinha...
Não sei se me observas de longe, mas se estiveres aí saiba que eu tenho coragem pra voar a lugares desconhecidos sem ti. Saiba que eu estou construindo, todos os dias, uma barreira que irá em breve lhe impedir de chegar perto. Saiba que tenho quem me queira bem e que se um dia você me amou, há quem possa me amar tanto quanto (ou até mais). Saiba que meu peito estará sempre cheio de amor e que eu sempre tentarei ser uma pessoa melhor pra mim e pros outros. Se você só soube desistir, eu insistirei sempre em lutar. E se antes lutava por ti, por nós, hoje luto pela minha felicidade e não a vejo apenas em você ou junto a você.
Logo descobrirei que não é o amor que dói, mas as pessoas que nos machucam. Logo você será uma mera cicatriz que pode ser coberta por cirurgia ou poderá sumir com o tempo. Ou talvez não suma, mas seja imperceptível por não carregar mais o valor que hoje traz. E eu sinto muito, muito mesmo, que nossa história tenha terminado assim, mas sei que há histórias mais bonitas para serem vividas e gravadas na minha vida. Você foi o meu príncipe, mas há outros reinos por aí, os quais eu farei questão de conhecer.
Que você não me cause mais dor e que sejamos ambos felizes, é tudo o que desejo pra nós. Be happy, be strong. Eu não serei mais apaixonada por você ou pela ideia de estar apaixonada por você. Eu sou e serei pra sempre livre, já que você me deixou voar. E pode ser que nunca mais eu queira pousar. E o azar é todo seu.

domingo, 4 de outubro de 2015

Substituição

Hoje estive com alguém que não era você. Procurei nele o calor da sua pele, o seu cheiro, seu afeto, o toque de suas mãos. Em vão. Tudo que tive foi um punhado de você na cabeça, outro punhado no coração e nenhum punhado daquele que estava ali se esforçando por mim, pra mim.
Estátua, é o que fui. Fria, sem expressão. Tudo aquilo que não o era com você. Fechar os olhos me fazia voltar a quando era você ali, no mesmo lugar, mas quando os abria tudo o que vi foi alguém que aleatoriamente estava ali.
Triste é amar quem não quer ser amado, quem não ama mais, quem nunca amou. Correspondência, tínhamos tanta e tudo virou pó. Como lidar com a falta de você, do seu carinho, do seu sorriso, do seu você? Como aprender a simplesmente esquecer e não me importar mais? Só faça parar de doer...
Sentir sua falta, tendo você ido embora voluntariamente, é um martírio pois nada posso fazer em relação aos seus sentimentos e às suas escolhas... Tudo o que me resta são noites vazias de música, bebida e bocas.
Enquanto estou ali, vivo, sorrio. Depois passa. Passa como tudo nessa vida. Passa e sobra os restos de mim, de você, de nós... Como num fim de festa.
Lembro-me bem de ti dizendo que eu postava pouco sobre você. A dor é a alma da criatividade, e você nunca causou dor alguma em mim. Com exceção de agora.
Apesar das tentativas em vão de torná-lo passado, de substituí-lo em minhas memórias e em meu coração, continuarei tentando frustradamente todos os dias, em todas as festas, encontrar alguém que seja metade do que você foi e é. Continuarei com a sensação de fim de festa no coração ao final das festas.

domingo, 27 de setembro de 2015

Carrossel

Minha cabeça tava girando, mas de um jeito bom. Não lembro da última vez que tinha me sentido numa vibe tão boa... As luzes brilhavam insanamente, incessantemente... Era vermelho pra todos os lados. A música me preenchia de modo a não restar espaços vazios, nem aonde costumava ficar o coração que você tomou de mim.
Sorrisos bonitos se aproximavam, olhares famintos passeavam pela superfície do meu corpo e eu sentia cada um deles. Talvez essa seja a melhor sensação do mundo, se sentir bem consigo mesmo, se sentir desejada - e isso sei que fui. Agora faz sentido aquela história de que sempre tem pessoas ainda mais incríveis que ainda não conhecemos só esperando a gente aparecer.
E apareci. Vivi, sorri, dancei, cantei, beijei... Vivi. A "eu" de 15 anos reviveu dentro de mim e agradeceu enormemente pela iniciativa. Agradeceu pela companhia, pela música, pela festa, pela bebida e pela diversão. Uma diversão que há muito queria conhecer e que desisti da mesma ao encontrar você, ao preferir estar ao seu lado no aconchego de um relacionamento. O você que me abandonou no meio do nada, pronto pra viver sem que eu estivesse também pronta.
Agora, minha alma quer se viciar nessa loucura de viver e de ser feliz. Meu coração prefere continuar em destroços pra não ter que se regenerar mais vezes. São Paulo promete me satisfazer como você antes o fazia. Descobri que todas as letras do alfabeto estão à minha disposição.
Por alguns anos esqueci os motivos pelos quais eu queria tanto volta a morar nessa cidade, e hoje todos vieram a minha mente. Engraçado como a vida gira feito carrossel e mostra como somos, como mudamos e como voltamos a ser; a vida não passa de ciclos repetitivos que nos fazem sofrer e depois sorrir.
Sentimentos que me preenchem agora são confusão, ansiedade, certezas e uma vontade inimaginável de viver. Dá sim pra viver sem você.
Voa longe e alto, enquanto eu voo também. Mas talvez, quando você voltar a pousar no mesmo galho, eu não queira pousar também. Talvez eu queira voar para sempre ou pousar do outro lado do mundo. Talvez apenas do outro lado do estado. E talvez, não queira mais você.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Monólogo.


Eu não consigo ser aberta, de boa e menos neurótica. Desculpa. Desculpa não ter te avisado antes sobre mim, eu também não sabia que seria assim. Eu não me reconheço também. É, eu sei, sei que sou contraditória e confusa. Eu sei, estou pedindo desculpa. Tá, eu sei que não é o suficiente.
Eu não te falei enquanto conversávamos pois não queria que você desanimasse ou desistisse de mim, de nós. Eu queria ser exatamente o que você sempre quis, da mesma forma que você é exatamente como eu sempre quis: os mesmos olhos, a mesma cor de cabelo, a exata altura, o mesmo romantismo e a mesma quantidade de safadeza, afinal isso não é um conto de fadas. Isso, é a nossa história.
Não, eu não era assim com os outros. Eu só sou assim com você. É, eu sei, é um azar mesmo. Na verdade eu acho que é o preço de amar. Claro que eu te amo! Eu sinto muito... É, eu sei, sei que fui eu quem propus. Mas eu ainda quero, só não quero dessa forma, com essas pessoas...
Infelizmente não. Isso não tem nada a ver, meu amor por você é real. Se eu não o amasse, não haveria motivo pra ciúme. Ciúme é medo de perdê-lo. [...] Você sempre soube disso... Claro que sabia! Eu sou insegura sim, com a minha aparência, com a minha inteligência, com tudo. Você costumava achar fofo. Você costumava ser o mundo, o meu mundo.
Eu que fui ingênua então? Ótimo.

Eu estou desistindo de você, de nós. A distância faz deste um ato necessário. Você mesmo disse que a distância estava fazendo muito mal a nós dois. Você tinha razão. E pensar que eu cresci sobre você, como uma orquídea cresce no topo de uma árvore para captar luz. Assim eu consegui mais luz do que antes em toda a minha vida. Cresci e desabrochei sobre você. Fui quem nunca imaginei ser, fiz coisas que pensei serem impossíveis pra mim. Junto a você, virei flor. Agora, prestes a virar fruto, tudo fica incerto. Como se eu virasse uma parasita. Antes que o vire de verdade, vou embora. Eu teria seguido você para qualquer lugar. Tudo o que sobrou foi um resquício de um amor de conto-de-fadas.

E não viveram felizes para sempre.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A sinceridade dói

Eu nunca fui e nunca serei do grupinho dos populares da escola. Sabe aquela turma super descolada, que vive nas festas, tá sempre nas fotos e conhece todos os lugares legais? Pois é, eu nunca serei parte dela. Não por falta de capacidade ou competência (talvez um pouco por isso), mas por escolha. Essa mesma turma tende a ser também aquela que cola nas provas, estuda pouco ou deixa pra estudar tudo de última hora, discute com professores, enche a cara e faz tudo o que eu prefiro deixar de fazer.
Eu também não sou da turma dos nerds, mas fui um dia. Hoje, devido à complexidade dos assuntos estudados, me falta (agora sim) competência para pertencer a este grupo. Outro grupo a que pertencia era o dos tímidos. Mas eu mudei, tudo mudou.
Se ontem eu deixava as pessoas me controlarem e dizerem o que eu deveria ou não ver, pensar e fazer, hoje já não o faço. Isso os incomoda. A pessoa que não concorda, a pessoa que vai contra o "normal", cujo conceito não cabe no contexto para que não seja um post de um milhão de palavras, incomoda.
Todo mundo diz ser sincero e querer sinceridade. Mas falta coragem, e o medo se junta à falsidade, e pronto, foi formada a sociedade. As pessoas não conseguem ouvir ou aceitar a verdade, independente do assunto. A verdade faz mal, incomoda, machuca o ego e o orgulho das pessoas. A verdade, mesmo sendo verdade, não importa quando todos aceitam aquilo que mais agrada aos ouvidos e ao peito.
A sinceridade dói. A falta de maturidade dói, assim como o excesso dela. As coisas mais puras doem: o amor, a espera, a saudade, e a verdade.
Não sei quais outros adjetivos podem ser atribuídos à verdade, no entanto sei o quanto ela incomoda e entendo perfeitamente que, às vezes, é necessário engolir a verdade e arrotar a mentira, prevenindo desgastes emocionais desnecessários e promovendo a paz interna de cada um de nós.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Outro capítulo sobre frustrações

Frustrada, de novo.  A primeira vez que escrevi sobre isso, a ocasião e os motivos eram completamente diferentes. Hoje, tudo está em seu lugar, ou quase tudo, e mesmo assim nada parece estar completamente certo.
Sinto muita falta de escrever sobre meus anseios, medos, dúvidas e insegurança. Porém, recentemente levei uma bronca da vida dizendo que eu não devo reclamar e devo sempre sorrir. Pelo menos foi como eu a entendi. E, infelizmente, eu não consigo levar adiante esse plano maluco de fazer tudo certo, estar contente com o que a vida oferece e simplesmente sobreviver.
Não é que eu goste de reclamar da vida, mas eu sempre acabo fazendo isso. É inconsciente. Tudo porque eu não aceito as injustiças que ela traz e que as pessoas engolem... "É assim mesmo", eles dizem. Eu não aceito. Como pode ser assim mesmo? Uns ter tudo e outros, nada; uns serem felizes e outros, não?! Não dá, não desce.
Esse meu senso de justiça interior só me traz problemas e inimizades. Como parar algo que é intrínseco? Alguém me responde, por favor.
E como sempre, as pessoas são as culpadas da vida ser assim. Mais tecnicamente, os adultos. A negatividade, o ceticismo, o egoísmo, a falsidade, a falta de justiça impregnam o ar. Todos eles querem justiça, mas nenhum quer fazê-la, afinal, eles nem sabem o que significa isso. Dar ao menor o maior degrau para que veja ao mesmo nível do maior ainda é errado para eles. Pelo menos para a maioria. Eu, como sempre, estou na minoria.
Espero que uma noite, mal dormida, resolva esses meus problemas, porém estou quase certa de que nenhum deles será solucionado. Por enquanto, terei que engolir.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Uma pequena lista 2

Passar no vestibular: feito;

Morar em São Paulo: feito;

Morar em São Paulo com o namorado: sem previsão de realização;

Morar em Nova York: sem previsão de realização;

Morar na mesma cidade que o namorado: previsto para breve, porém sem data definida;

Terminar a faculdade: previsto para 2020;

Parar de reclamar da vida: previsto para agora, sem certeza de que será realizado;

Fazer carteira de motorista: sem data definida;

Comprar um carro: previsto para 2021;

Colocar silicone: suponha-se que esteja previsto para 2025;

Fazer cirurgia no olho e parar de usar óculos: previsto para quando houver dinheiro;

Morar sozinha: em andamento;

Deixar de ter 80 anos aos 19: probabilidade 0 de que aconteça, logo, sem previsão de realização;

Estudar: previsto para daqui até o infinito e além;

Casar: previsto para 2022 (?);

Ter filhos: previsto para 2028;

Ser feliz: em andamento.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Uma Pequena Lista

Terminar a faculdade: previsto para 2017.

Viajar para Orlando: previsão para 2015/2016.

Viajar para Inglaterra: sem previsão no momento.

Assistir um ou mais musicais na Broadway: previsto para 2015/2016.

Perder o medo de andar de avião: sem previsão por um bom tempo.

Ir num show da Demi Lovato: previsão para a próxima tour.

Fazer um cosplay na Comic-Con: agendado para dezembro/2015.

Cantar bem: previsto para a próxima encarnação.

Ser uma tradutora famosa: previsto para daqui uns 10 anos.

Ser rica: isso está fora de questão.

Ser dubladora: previsto para depois do curso de dublagem, depois do curso de tradução.

Ser magra, não ter estrias e ser sexy: querida, nem nos seus sonhos.

Ter seios pequenos: realizado!

Namorar, casar e ter filhos: calma, tem tempo para isso.

Ser um Avenger: só nos seus sonhos.

Estudar em Hogwarts: o máximo que você vai conseguir é uma passagem no trem da CPTM.

Ser mãe de dragões: só se seus filhos forem muito feios, mas você irá amá-los do mesmo jeito e eles não serão!

Ostentar um carro veloz: só quando ninguém ficar olhando.

Ser feliz: em processamento eterno!

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Uma reflexão a partir da embriologia

Estudando como a vida começa, a partir de duas células praticamente invisíveis, percebo que nada somos. Me pergunto agora porquê nos achamos no direito de mandar e desmandar nos outros, ou porque tratamos as pessoas diferentes se todos nós viemos à vida da mesma forma: por duas células praticamente invisíveis. As pessoas, no geral, tendem a agir e a falar sem saber, logo pode-se garantir que a ignorância, na verdade, é o que destrói o mundo e a humanidade.
A falta de conhecimento induz a tragédia, a violência e a falta de respeito desde que o mundo é mundo; e mesmo assim esse fato é ou ignorado ou finge-se que não se sabe dele. O mundo hoje, apesar da ciência tão avançada, dos métodos de tratamento de doenças tão superiores aos de antigamente e do relativo aumento da expectativa de vida por conta disso, continua persistindo nos mesmos erros do passado. Há violência, há fome, há discriminação, quando todos na verdade vieram dos mesmos dois tipos de células praticamente invisíveis.
A cada dia me apaixono mais pela natureza e pela ciência. Percebo que tudo têm uma explicação, mas às vezes nós temos preguiça de procurá-la. O homem, ser muito complexo, não pode ser considerado o melhor dos seres. Ele é apenas mais um ser do planeta, porém a sensação de ser apenas mais um provoca determinado sentimento ruim, o qual é inexistente nos outros animais e por isso somos os piores dos seres.
Jogo então, por enquanto, a culpa de todos os atos falhos da humanidade nos sentimentos, esses malditos que brincam conosco como se fôssemos marionetes. Agimos por impulso por causa do amor, da paixão, da raiva, do ódio e calculamos os nossos passos (ainda que de mau jeito) devido à saudade, ao medo, à insegurança. O fator complexante da equação das nossas vidas e da nossa história é o sentimento, aquilo que não conseguimos direito controlar, e que, na verdade, nos controla.
A vida é fácil e simples, nós que a complicamos. Para sobreviver basta respirar, comer, dormir; então por quê insistimos em viver? Éramos células, transformamo-nos em organismo e passamos a vida buscando mais um sentimento pra nossa coleção: a felicidade. E é essa busca insaciável que tanto complica o ato de viver.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Contagem



Depois de 19 primaveras completas (ou outonos), percebo que o mundo gira mais rapidamente do que eu imaginava. Eu fui e voltei de cidades, encontrei e desencontrei pessoas, sorri e chorei por motivos justos, e também injustos. Aos 19, continuo percebendo a diversidade de coisas e pessoas ao meu redor com uma enorme surpresa.
Dezenove não é um número que causa muito impacto ou que seja o limiar de algo como os quinze pra menina ou os 18 pra todo mundo, mas espera-se que com 19 você esteja pronto para aceitar a fase adulta, que esteja no caminho de uma profissão ou carreira, seja estudando ou trabalhando; espera-se que você cresça da noite para o dia. Se até pouco tempo você estava no colegial, compartilhando séries e filmes, se reunindo pra festa do pijama na casa de alguma amiga e marcando salgado na cantina pros pais pagarem depois, hoje você deve ser independente, aprender a se virar. Literalmente, aos 19, fui jogada pra fora do ninho, e, diga-se de passagem, de uma montanha muito alta.
Muita coisa eu já vivi. Conheci lugares incríveis, pessoas inesquecíveis e um amor pra vida toda. Aprendi com todos esses anos a amar, a cuidar e a preservar, a se esforçar pelos outros mais do que por mim mesma. Com esses 19 anos passados aprendi valores muito importantes, sendo os principais os da confiança e da lealdade. 
Eu ainda estou caindo, tentando bater as asas aos poucos, porém sentindo muita falta do antigo lar. Há muitos caminhos a seguir, o céu inteiro pra ser específica, e eu não sei qual ou quais trilhar. Há muito a aprender. Não sei nem se eu tenho como obrigação decidir agora, mas sei que preciso ou chegar ao chão ou voar o mais rápido possível.
Ao mesmo tempo que desejo ver tudo, desejo também descansar. Nunca obtive tanta coisa nova em tão pouco tempo, e como qualquer outra pessoa, isso me assusta, mas assusta de um jeito bom. O melhor de todos os presentes recebi da vida, a oportunidade de virar o jogo, de mudar tudo, de abrir a mente e de sorrir. Basta agora viver.

"Only know you've been high when you're feeling low, only hate the road when you're missin' home, only know you love her when you've let her go, and you let her go."

domingo, 29 de março de 2015

Atualização

Não preciso nem avisar que estou correndo contra o tempo, né moçada?! As semanas estão passando voando, a primeira prova já veio e a nota (talvez) foi por água a baixo (HAHAHA, me ferrei). Mesmo assim estou aqui para dar mais algumas impressões sobre o curso e a faculdade, e também falar um pouco sobre o que eu quero fazer aqui no blog.
Então, o primeiro módulo do curso foi EXTREMAMENTE repetitivo, e talvez essa tenha sido a maior reclamação entre os alunos da minha turma. Tudo bem que a faculdade se preocupa muito com a nossa formação humanística e interdisciplinar, mas tudo tem limite né?! Eu achei a prova muito específica pra uma matéria muito subjetiva e sem objetivos explícitos para estudar. Minha maior dificuldade foi ter certeza do que era importante e do que era relevante, senti muito como se fosse pra eu adivinhar o que deveria ser decorado e o que não era necessário. Talvez essa dificuldade existiu por uma opinião pessoal de que essa matéria era interessante para o médico, mas não essencial, então pode ter havido um bloqueio da minha parte.
Mas como diz a música, "amanhã há de ser um novo dia" e com certeza haverá num novo módulo. O segundo módulo é o de Concepção, e promete ter muita biologia (amém).
Em relação à faculdade, têm sido tudo muito bom e organizado, não está deixando a desejar por enquanto. Mais alguns alunos conseguiram o FIES, mas ainda tem muita reclamação por conta das exigências de documentos na faculdade, incluindo perda de prazo por conta disso.
Já em relação ao blog, tenho vídeo gravado com a Leka pra ser editado e postado, o que tentarei fazer no feriado; tenho muitos rascunhos de posts e vídeos pra fazer pra vocês. Sobre os vídeos, quero fazer um sobre os aplicativos que usava pra estudar no cursinho e um contando melhor como foi o primeiro módulo (e mês) na faculdade e como estão programadas as coisas para acontecerem.
Se alguém tiver sugestão de post, comenta aí, por favor! Beijos e até mais.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Primeira semana de aula - integração

E aí gente, tudo bem? Espero que sim, porque comigo tá tudo maravilhoso! Não fiz nenhum post antes porque estava esperando dar tudo certo com o meu FIES.
Enfim, hoje vou contar pra vocês como é a faculdade e como foi a primeira semana.
A (finalmente) minha faculdade fica na Rua Augusta, bem no Centro de São Paulo. É um prédio no qual funcionava um antigo hotel, bem alto e que foi todo reformado para que fosse o novo campus da faculdade. A rua é bem suja e apagada durante o dia, os estabelecimentos são bem caros, mas a noite ela se transforma totalmente e as pessoas que passam por ali compõem um grupo riquíssimo de cultura e diversidade.
Sobre o método de ensino, é o PBL de modo puro. A grade curricular é composta por casos motivadores, tutorias, buscas ativas, aulas práticas e preleções. Apesar de eu ter me assustado um pouco, tô gostando bastante. É bem exaustivo, mas obriga o aluno a correr atrás.
Na primeira semana, nossas atividades se resumiram em conhecer a faculdade, os professores e o método de ensino. Tivemos demonstrações de cada parte do módulo e do eixo, os quais mais pra frente explicarei melhor. Foi bem legal para maior amizade com a turma toda.
Infelizmente o único problema enfrentado pelos alunos da faculdade o momento é o FIES. Só 3 pessoas do total de 50 (e poucos) conseguiram terminar a inscrição do financiamento. Estão todos ansiosos e no aguardo.
Estou um pouco sem tempo pra postar, mas espero que vocês entendam. Em breve conto melhor mais coisas da rotina da faculdade. Beijos, até depois.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Passei!

Oi, gente! A novidade já não é mais tão novidade assim, mas tudo bem. Estou aqui para declarar oficialmente que: EU PASSEI EM MEDICINA!
Já comemorei, fiz trote de pedágio na minha cidade e gravei um vídeo de agradecimento. Apesar da apreensão sobre se vai dar certo o FIES e sobre mudar de cidade, e todas as outras coisas que a aprovação trouxe, eu estou muito feliz e ficarei ainda mais quando começarem as aulas.
Pra quem estiver interessado, eu passei na Faculdade das Américas, uma faculdade nova que abriu em São Paulo. Na verdade, a faculdade em si não é nova, só o curso. A taxa do vestibular foi de R$ 200,00 até determinada data e depois de R$ 300,00 após esta. O MEC disponibilizou 100 vagas anuais, mas como minha turma só tem 50 pessoas, imagino que haverá vestibular de inverno, fica a dica pra quem quiser prestar. O valor da mensalidade é de R$ 6200,00 e possui FIES.
Outra coisa que vale lembrar é que, uma vez por semana, as aulas práticas são ministradas em São Bernardo do Campo, onde a faculdade é conveniada com alguns hospitais. Há boatos que o campus de São Bernardo é que receberia o curso 100%, ou seja, todas as aulas seriam ministradas lá, porém o MEC não autorizou, pois o prédio não estaria pronto a tempo e acabou sendo no campus Paulista. Talvez o curso acabe sendo transferido para lá.
Se vocês quiserem assistir ao vídeo, colocarei aqui em baixo. É o vídeo de estreia do meu canal, e eu pretendo postar outros sobre o curso, sobre mudança e outras coisas mais...



É isso gente, espero que vocês tenham sentido a minha alegria de longe mesmo. Se quiserem saber algo da faculdade ou do curso, deixem nos comentários. Beijos e até logo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Favoritos: Cantores

Antes de eu comunicar boas novas à vocês, quero fazer um post diferente. Hoje, estou me sentindo feliz por dentro e por fora. Há muito tempo não me sentia assim: livre, aliviada e feliz. Sorrisos fáceis têm escapado dos meus lábios e eu agradeço ao destino por isso.
Pra mim, nossa história não está escrita desde que nascemos, ela vai se escrevendo conforme crescemos e fazemos escolhas. Ontem, a vida me presenteou com calma e eu estou extremamente grata por isso, por ter feito as escolhas certas.
Pensando nessas coisas de vida, de destino e de fé, lembrei-me de que, quando era criança, eu jurava que todos nós vivíamos filmes particulares. Ou seja, que cada vida sendo vivida era um filme ou um livro, e a minha não poderia ser diferente. Assim, eu queria que minha vida fosse, no final, uma história muito boa e que eu tivesse orgulho de ter vivido. Como toda boa história tem uma boa trilha sonora, aqui está o motivo do post.
Já fui fã de muitos artistas, já tive muitos estilos e sempre fui metida à "roqueirinha". No entanto, amadurecendo, fui me aceitando mais e me descobrindo mais. Hoje, minha cantora preferida, de longe, é:


Taylor Swift!

Não sou nenhuma ladie like e não me visto como ela, mas suas músicas descrevem a minha vida! É incrível como, desde que a conheci em 2009, todas as músicas dela se encaixam de alguma forma na minha história. Cada sentimento, cada relacionamento, definitivamente tem como trilha sonora suas músicas.
Outro dia eu li em um estudo que as músicas que mais te marcarão para o resto da vida são aquelas ouvidas entre os 14 e 22 anos, ou seja, durante a adolescência. E é exatamente o que acontece comigo e com as músicas da Taylor. Meu álbum preferido é, sem dúvidas, Speak Now, apesar de eu gostar muito de Fearless também.
As lições que a Taylor me proporciona quando a ouço são, dentre muitas, principalmente, não se importar com os outros ('cause de haters gonna hate) e superar os maus sentimentos; aliás, os maus relacionamentos, né?! E também a amar cabelo enrolado! Diva 4ever.
Ouçam algumas das minhas músicas favoritas dela e virem fãs também <3 b="">


"Your first kiss makes your head spin 'round... But in your life you'll do things greater than dating the boy on the football team. But I didn't know it at fifteen"


"When your birthday passed and I didn't call. You gave me all your love and all I gave you was goodbye."


"But I miss screaming and fighting and kissing in the rain, and it's 2 am and i'm cursing your name."


"I see sparks fly whenever you smile, get me with those green eyes, baby, as the light go down, give me something that'll hunt me when you're not around."


"You took a polaroid of us then discovered: the rest of the world was black and white, but we were in screaming color."

Espero que tenham gostado do post. Logo estarei de volta com as novidades tão especiais... Beijinhos e até logo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Incertezas


Começo esse post me justificando: quando nossa vida se encontra num estado de meio-fio, a ansiedade e as dúvidas de um futuro incerto pairam sobre nós e não nos deixam fazer mais nada. Nos últimos dias tenho acompanhado assiduamente a lista de espera de duas faculdades, e em ambas ainda não fui convocada para matrícula, e talvez não o seja. Porém, a esperança persistiu em ficar mesmo quando parece impossível.
Assim, me encontro em estado de espera, a qual parece ser eterna. Os dias passam em uma grande lentidão e eu não sei se devo estudar tudo novamente ou se devo esperar por novas matérias.
Ser vestibulando, principalmente de medicina, é uma tarefa árdua. Você se esforça ao máximo o ano todo e, muitas vezes, no final do ano, ainda não é o suficiente. E então você chora, se sente despedaçado e fracassado, a sensação de derrota fica iminente. Você vai ter que começar tudo de novo, do zero, ou então vai ter que desistir.
Muitos desistem, sabe? Mas eu não. Apesar da ideia já ter passado pela minha cabeça, eu não posso me deixar abater. Não posso e não devo. Tudo que exige muito esforço e sacrifício, vale a pena.
Assim que a minha vida se decidir eu volto a postar e tudo o mais. Estava pensando em criar um canal no YouTube voltado para vestibulares, dicas de estudo e coisas relacionadas a esse universo, mas ainda estou em dúvida. Dúvidas demais pra uma única cabeça.
Espero que compreendam e que não deixem de visitar o blog. Beijos!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Série: Inspirações - parte 2

Hoje eu estive pensando nas coisas que passaram e nas que estão por vir. Pensei em toda a trajetória de 2014 que eu percorri, pensei na de 2015 que eu ainda nem comecei apesar de um mês já ter se passado.
A música tem um significado muito especial na minha vida... Aos 6 anos comecei a aprender a tocar violão na igreja, mas, por dificuldades de locomoção, fui obrigada a parar. Aos 12 fui aprender a tocar teclado. Aos 13 me dediquei ao teclado e ao violão mais do que tudo na minha vida. Aos 14 eu fazia aulas de teclado, piano, violão e guitarra. E foram os anos mais difíceis até aquela época.
Outro motivo para que a música seja tão importante pra mim é o seguinte fato: eu sempre acho que a música foi feita pra mim e pro momento que eu estou vivendo. Logo, tenho músicas que marcaram o ano de 2014 e estão marcando já esse de 2015. Logo, nada melhor que uma playlist de inspiração, que nos faça relembrar o que passamos e o quanto é importante seguirmos em frente com fé e coragem, que é essencial que nos superemos todos os anos, tanto profissionalmente como moralmente, sempre nos tornando pessoas melhores.


"When you try your best, but you don't succeed. When you feel so tired, but you can't sleep. Stuck in reverse. And the tears come streaming down your face..."


"Nobody said it was easy, no one ever said it would be this hard. Oh, take me back to the start..."


"And they say she's in the class A team, stuck in her daydream, been this way since eighteen. But lately her face seems slowly sinking, wasting, crumbling like pastries and they scream: the worst things in life come free  to us."


"Someday I'll be living in a big old city and all you're ever gonna be is mean."


"We face tomorrow as we say goodbye to yesterday, a chapter ending, but the stories only just begun. A page is turning for everyone... So i'm moving on, letting go, holding on to tomorrow."

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Série: inspirações - parte 1


Após ver o resultado de quase todos os meus vestibulares serem uma catástrofe (de novo), eu me acabei. Me diminuí à nada, chorei, chorei muito! Dormi muito pra tentar esquecer... Mas chegou um momento que simplesmente eu percebi que não dá pra esquecer o que rege a sua vida.
Muitas pessoas acham um exagero eu tratar a aprovação no vestibular como a minha mudança de vida ou a minha plena felicidade, entretanto é exatamente isso que a aprovação significa pra mim. Sair do lugar onde eu sou infeliz, estudar as matérias que eu amo da profissão que me escolheu, dormir tarde da noite cansada de tanto estudar, esquecer dos problemas: tudo isso é o que virá com a aprovação.
Passar no vestibular, pra mim, significa ser útil, conquistar sonhos, alcançar metas e, principalmente, começar a viver e ser feliz. Pra alguns isso é só a continuação de suas vidas, mas pra mim é o começo de uma nova. É um renascimento. E não tê-lo conquistado de imediato dói absurdamente, me lembra que todos os sacrifícios foram em vão, toda dor foi em vão, logo está sendo muito difícil aceitar e tentar de novo.
Já pensei em desistir, mas não sei se isso é o correto. Já pensei em fazer outro curso, já pensei em adiar a faculdade; mas o que será da minha vida se isso eu fizer?
Um ditado popular diz: "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". Eu acredito piamente nele. Pensando nisso, comecei a buscar frases e vídeos que me motivassem a seguir em frente, a não me deixar abater. Sempre fui uma pessoa muito negativa, e também estou tentando mudar isso. Que esse seja o ano da mudança.
Espero que vocês também se inspirem e reajam aos obstáculos que a vida impõe, que vocês todos possam erguer a cabeça e lutar até alcançarem suas metas e realizarem seus sonhos.











quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Doe o que tiver para doar


Já há alguns dias eu estava bem abatida e mal por conta dos vestibulares e seus resultados ruins, mas hoje eu resolvi que minha rotina seria diferente. Eu já estava cansada de passar as madrugadas chorando e acordar com a cara inchada. Então eu decidi que começaria hoje mesmo a salvar vidas, a ajudar as pessoas que precisam, mesmo não estando matriculada em nenhuma faculdade de medicina.
Aí vocês devem estar se perguntando como eu fiz isso, e a resposta é simples: doei sangue! Desde que eu fiz 18 ainda não tinha tido chance de fazer essa boa ação e achei que agora, enquanto eu estou triste e sem fazer nada em casa, seria a hora perfeita pra fazê-lo e pra me alegrar um pouco. Como já estava lá, me cadastrei também como doadora de medula óssea.


Pra quem não sabe, o banco de sangue do país é muito escasso e nessa época do ano ele esvazia com uma velocidade ainda maior por conta dos inúmeros acidentes rodoviários e doenças mais presentes no verão, como a dengue hemorrágica. Aproveitei que meu sangue é do tipo O com fator de rh positivo e decidi doar, pois sei que mais de uma pessoa pode ser salva por causa disso.
O mais legal disso tudo foi que, quando eu fui contar pra Leka, ela me contou que também estava indo doar! E não, a gente não combinou! Hahaha, eu achei demais.
É importante que possamos sempre doar o que tivermos disponível, seja sangue, medula, roupas, sapatos e outras tantas coisas. Fazer o bem para o próximo dá uma sensação de leveza e de dever cumprido que eu precisava nesse momento. Modéstia à parte, fiquei muito orgulhosa de mim mesma.
Pra quem tiver curiosidade, deixarei uma tabela com os tipos sanguíneos e quem pode receber de quem. Se vocês doarem algo, contem pra nós aqui nos comentários! Beijos e até logo. 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

The rest of the word was black and white...

... But we were screming color.



E aí gente, tudo bom? Hoje eu vim falar um pouquinho sobre cabelo! Eu já tive cabelo de tudo quanto é jeito: longo, curto, reto, repicado, castanho, ruivo, loiro... E agora eu me aquietei (?), mas mesmo assim continuo sempre buscando inspirações capilares. Vou fazer uma cronologia pra vocês terem ideia das minhas mudanças.

Não reparem na cara infantil! (nem nas caretas)
Então, de acordo com a senhora minha mãe, que é cabeleireira, meu cabelo é um tom de loiro escuro tabaco, mas pra mim é castanho mesmo. Apesar de eu ter nascido careca, eu tenho muito cabelo, sério! E além de ter muito, os fios são grossos e pesados. Logo, é muito volumoso. Em consequência de tudo isso, eu sempre tive cabelo abaixo dos ombros. Até chegar a adolescência e eu começar a inventar né...


E essa sou eu da oitava série até o primeiro colegial. Primeiro eu fiz a burrada de repicar o cabelo como o da Taylor Momsen em Gossip Girl. Adivinhem: não deu certo! O cabelo dela é extremamente pouquinho e fino, totalmente o contrário do meu. Assim eu virei escrava da chapinha e do secador. Aí, já tava ruim mesmo, eu piorei: cortei franjinha. E depois, só pra completar, pintei o cabelo de vermelho! Fora o relaxamento que eu já havia feito pra ver se diminuía o volume, o que também não deu certo.


O resultado de tanta química e calor foi um cabelo elástico que quebrava muito fácil, totalmente ressecado e sem brilho. Tanto foi que eu não conseguia deixar crescer! Toda vez que tava um pouco maior, eu tinha que cortar as pontas que ficavam amarelas graças à chapinha. Daí um dia eu cansei disso e decidi que queria meu cabelo longo e pintei de loiro escuro! O relaxamento não tinha saído totalmente, mas estava bem pra baixo no meu cabelo e eu decidi pintar mesmo. Mas vermelho é uma cor teimosa e, depois que você pinta várias vezes, ele sempre volta por baixo da tinta que você usou por cima...


Na primeira foto e na terceira dá pra ver que meu cabelo conseguiu finalmente crescer, mas o vermelho continuava ali e eu tinha um cabelo de duas cores. Até que eu decidi "enloirecer" de vez e fiz californianas pra cobrir o danado! Aí deu certo. Eu fiquei do meio do terceiro colegial até alguns dias atrás assim. Como eu não refazia desde o final do terceiro colegial, a parte loira estava só nas pontas e eu decidi cortar tudo fora pra ter meu cabelo original de volta. E aí está o resultado: 



Faltaram muitas outras fotos, como do meu cabelo com a californiana antes de eu decidir cortar, mas depois eu posto pra vocês. Espero que tenham gostado da minha jornada capilar e que gostem das fotos de inspiração. Beijinhos e até logo.


 




Obs: Fotos tiradas do weheartit.com

Atualização!!!
A linda da Leka tomou coragem e pintou o cabelo! Eu achei maravilhoso e fiquei morrendo de vontade de fazer também. Quem aí também tem vontade, mas falta coragem? Ou grana Hahahahaha


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Sobre ansiedade


Eu sou uma pessoa muito ansiosa, isso é fato. Minha mãe conta que quando eu era pequena e íamos viajar, eu passava a semana toda doente a espera do grande dia e, quando chegávamos ao local, eu ficava parecendo uma louca de feliz. Os anos passaram e isso não mudou muito não, mas os motivos da espera sim.
Há alguns anos, todo mês de janeiro é um martírio. A espera pelos resultados dos vestibulares me mata juntamente com o calor. Não há outra época do ano em que eu fique mais sem ideias, sem vontades e com sono. Parece que o mundo está parado e que as semanas não vão passar. A eternidade está logo ali.
O pior são as pessoas que vêm perguntar dos resultados, parece que o mundo inteiro está tendo uma crise de ansiedade. Eu gostaria de dar dicas de como lidar com ela, mas não consigo nem controlar a minha imagine então ajudar a controlar a dos outros. Não importa aonde eu esteja, ela está lá comigo. O sentimentalismo também me controla essa época do ano. Eu sempre fico cabisbaixa, triste, desanimada.
Obviamente eu não sou a única nessa situação, mas às vezes parece que sou. A gente se esforça o ano todo, luta, dá o seu melhor, é boa no que faz e no final, boa não é o suficiente. Você deve ser excelente! E ser excelente é difícil, principalmente quando se tem poucos recursos e muitas obrigações.
Lembro de uma época em que eu imaginava se era possível parar de pensar. Hoje eu sei que não o é, mas gostaria de todo o meu coração que fosse. Os pensamentos de injustiça, de ineficiência e de maus resultados predominam em minha mente e ela dói. É estranho que se fale dor na mente, mas é totalmente comum dizer dor no coração, mas em mim é a mente que dói. A consciência de que poderá tudo ser ainda mais difícil este ano, que o resultado é o mesmo daquele que recebi ano passado e que minha vida não irá mudar drasticamente de novo.
É triste e é cansativo. Eu tento ler, escrever, ouvir música, porém nada me faz esquecer. Até eu estou me tornando monótona, cansativa e chata. Quando saberei falar de outras coisas? Talvez eu nunca tenha a resposta.